quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Papado Romano e a “pornocracia”,o governo das prostitutas


Observando a aparência de santidade dos papas atuais, é até difícil de imaginar que nos primeiros séculos do cristianismo os papas davam um show de bizarrices que nem um adepto do satanismo ousaria praticar tais aberrações.
Para começar as eleições dos papas eram mais disputadas do que qualquer eleição que você conheça, eram regadas à muitas brigas, confrontos em praça pública, contestação de resultados e eleições de contrabispos. Quando o cristianismo se tornou religião de Estado e o cargo de bispo de Roma passou a ser um dos mais cobiçados do Império, por que um papa tinha tanto poder que podia até destituir um imperador do seu trono.
As lutas entre as facções de candidatos rivais por vezes chegaram a níveis sangrentos. Durante a eleição episcopal de 336, os confrontos entre os que apoiavam Damaso de base popular, e os que apoiavam seu rival Ursino da aristocracia deixaram um saldo de 136 mortos em um único dia. O próprio Damaso eleito papa foi intimado para responder no tribunal pela acusação de homicídio, mas foi absolvido.
Nos séculos seguintes se presenciavam uma situação aparentemente paradoxal: o papado aumentava cada vez mais seu poder e sua influência e em vista disto muitos homens influentes como nobres romanos, grandes senhores feudais e até imperadores ambicionava em colocar no poder papal pessoas de sua confiança. e justamente isso gerava muitas intrigas, homicídios, revoltas populares e invasões militares. Nos 130 anos entre a eleição de João VIII (873) e a morte de Silvestre II (1003), houve 33 papas mais quatro antipapas. Dez deles morreram assassinados. Muitos foram presos ou exilados. Poucos governaram por muito tempo, muitos ficaram menos de um ano ou até poucos dias.
Vou citar alguns exemplos disso, João VIII foi envenenado em 882, mas como o veneno não surtiu o efeito desejado, seus inimigos acabaram quebrando-lhe a cabeça a golpes de martelo. Um de seus adversários era Formoso que se tornou papa em 891. Seu sucessor Estêvão VI (896-897) que pertencia a uma facção oposta, exumou seu corpo em putrefação para que fosse julgado e condenado por um concilio, e após isso mandou jogá-lo nas águas do rio Tibre. Estêvão, por sua vez, foi preso e estrangulado.
Leão V e o antipapa Cristóvão foram destronados, presos e assassinados. Sérgio III (904-911) foi amante de Marozia Teofilatto que era mulher do conde Alberico di Tuscolo e teve até um filho com ela, que veio a ser o futuro papa o João XI (931-935). João X (914-928) foi sufocado com um travesseiro.
Nesta época surgiu uma lenda de que uma mulher vestida com roupas masculinas foi eleita papa em 17 de julho de 855. A papisa entretanto ficou grávida e durante uma procissão no meio da multidão caiu de quatro e começou o trabalho de parto, revelada assim a verdadeira identidade "do papa", e com isso a multidão enfurecida esquartejou Joana. A lenda fez com que nenhum outro papa passasse por aquele caminho e que o sucessor da papisa retirasse o nome de sua predecessora dos registros históricos.
O ano de 955 presenciou a eleição de João XII, de 20 anos que era um jovem apaixonado por festas e pela caça, e totalmente alheio à liturgia. Ele transformou o lugar em que vivia em um verdadeiro bordel e foi acusado de adultério e fornicação. Foi durante seu pontificado que o imperador Otone I sancionou o Privilegium Othonis, ou seja, o direito do imperador de ratificar a eleição dos papas e exigir sua fidelidade. Deposto por Otone, substituído pelo antipapa Leão VIII, João retomou a posse do trono pontifício em 864 mas morreu no mesmo ano (talvez assassinado) na cama de uma mulher casada.
As décadas seguintes viram a luta entre a facção imperial e aquela ligada à nobreza romana. Várias vezes a cátedra de Pedro ficaria vaga ou seria reivindicada contemporaneamente por dois ou mais rivais.
Em 965, João XIII foi expulso de Roma por uma revolta de nobres e recolocado no trono por Otone I. Em 974, Bento VI foi preso no Castelo de Sant'Angelo pela facção romana antigermânica e estrangulado no cárcere. João XIV também morreu no cárcere (984), talvez morto pelo fio de uma espada ou de fome. João XV foi exilado e recolocado no trono pelo imperador Otone III. O antipapa Bonifácio VII morreu envenenado em 984, e seu cadáver nu não foi enterrado. O antipapa João XVI foi torturado por soldados imperiais e trancado em um mosteiro, onde morreu em 998.
Em 996, o imperador Otone III então com 16 anos, foi a Roma e fez seu primo de 23 anos ser eleito papa sob o nome de Gregório V. Assim que Otone partiu uma nova rebelião eclodiu em Roma fazendo com que o papa fosse expulso, e e elegeram um antipapa o João XVI. O imperador então voltou a Roma, mandou mutilar o antipapa e decapitou Crescêncio, líder da facção antigermânica. E a história poderia continuar...
Na metade do século XI, o papado chegou a seu ponto de decadência máxima com Bento IX (1032-1045). Contam que ele viveu da maneira mais libertina possível, foi expulso de Roma por um breve período de tempo e substituído por Silvestre III, mas voltou em abril de 1045 expulsando o usurpador e deixou o trono em maio para se casar e vendeu o seu pontificado a João Graciano que era seu padrinho (provavelmente por 1.000 talentos de ouro), e tornando-se o papa Gregório VI.
Mais a historia não acaba por aí, arrependido da venda Bento voltou a Roma três anos depois reivindicando o seu trono, só que já tinha dois pontífices eleitos (Gregório VI e Silvestre III), transformando o pontificado numa verdadeira bagunça, tendo três pontífices eleitos (Bento IX, Gregório VI e Silvestre III) que lutavam ao mesmo tempo pelo cargo de bispo de Roma.
Talvez isso possa explicar o que os historiadores chamam de período da pornocracia (ou seja, do "governo das prostitutas"), um dos mais negros da história da Igreja.
Em meio a tudo isso será que nós podemos acreditar no que diz a igreja católica que o papa é o representante de Deus aqui na terra?

Fonte: O livro negro do cristianismo

2 Comentários:

Anônimo disse...

hoje em dia, alguns fdp's sem oque fazer,ficam atacando as outras igrejas a qual não participam, mostrando assim que a igreja deles não tem regra alguma, que não ensinam sobre DEUS, não ensinam a respeitar opniões e crenças dos outros, fazendo-se inferiores as outras igrejas. a partir dessa inferioridade, começam a tentativa de "igualar" as outras religiões a religião deles, chegando a "inventar" coisas que não existem como imagens como a da foto deste artigo. Se querem mostrar que as outras religiões (igrejas) são melhores que a de vocês, então mostre oque vocês fazem de bom, não apontando erros (muitas vezes inexistentes) dos outros. Só para efeitos de falta de sabedoria: esse comentário critica a vocês, OK!! Espero que vocês mudem, para melhor. E não adianta excluir ou não colocar meu comentário na página, pois se isso ocorrer, vou lançá-los com uma imagem muito ruim as pessoas na internet e onde mais eu conseguir.
Que DEUS vos ilumine!!!

michel king disse...

Eu respeito muito os comentários postados aqui e respeito acima de tudo qualquer liberdade de espressão.
Primeiramento eu não defendo nenhum tipo de religião, pois para mim não existe religião perfeita, e segundo eu defendo a verdadeira doutrina bíblica livre de qualquer preceito humano.

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